Como alimentar uma pessoa com dieta enteral

A alimentação e a quantidade a administrar vai depender de alguns fatores, como a idade, o estado nutricional, as necessidades, a doença e a capacidade funcional do sistema digestivo. No entanto, o normal é que se inicie a alimentação com um volume baixo de 20 mL por hora, que vai aumentando gradualmente.

Os nutrientes podem ser dados através de uma dieta triturada ou através de fórmula enterais:

  1. Dieta triturada

Dieta enteral: para que serve, tipos e como alimentar

Consiste na administração de alimentos triturados e coados, através da sonda. Neste caso, o nutricionista deve calcular com detalhe a dieta, assim como o volume de alimentos e o horário em que devem ser administrados. Nesta dieta é comum incluir vegetais, tubérculos, carnes magras e frutas.

O nutricionista pode ainda considerar fazer suplementação da dieta com uma fórmula enteral, para garantir um aporte suficiente de todos os nutrientes, prevenindo uma possível desnutrição.

Embora seja mais próxima da alimentação clássica, este tipo de nutrição tem maior risco de contaminação por bactérias, o que pode acabar limitando a absorção de alguns nutrientes. Além disso, por ser constituída por alimentos triturados, esta dieta também apresenta um risco maior de obstrução da sonda.

  1. Fórmulas enterais

Existem várias fórmulas prontas que podem ser usadas para suprimir as necessidades de pessoas a fazer nutrição enteral, que incluem:

Poliméricas: são fórmulas que possuem todos nutrientes, incluindo proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais.

Semi elementares, oligoméricas ou semi-hidrolisadas: são fórmulas cujos nutrientes se encontram pré-digeridos, sendo mais fácies de absorver a nível intestinal;

Elementares ou hidrolisadas: possuem todos os nutrientes simples na sua composição, sendo muito fáceis de absorver a nível intestinal.

Modulares: são fórmulas que contêm apenas um macronutrientes como proteínas, carboidratos ou gorduras. Estas fórmulas são usadas especialmente para aumentar a quantidade de um macronutriente específico.

Além destas, existem ainda outras fórmulas especiais cuja composição é adaptada a algumas doenças crônicas como diabetes, problemas hepáticos ou alterações renais.